FISCALIZAÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS
Tem sido veiculado, ultimamente, pela Internet, que o atual prefeito de Salvador – Bahia foi considerado o melhor do Brasil em 2015. Será que a entidade promotora desse certame de prefeitos, ou de qualquer outro critério de seleção utilizado tem conhecimento do que está ocorrendo nesta cidade, para conferir títulos dessa natureza ao chefe do poder executivo desta municipalidade? Será que as autoridades competentes estão realizando a devida fiscalização nas obras de revitalização da orla de Salvador?
Numa época em que os organismos nacionais e internacionais preocupam-se em investir na preservação do meio ambiente, vemos a cidade ser transformada numa selva de pedras em razão da derrubada de árvores em vários bairros, sem a devida reposição por outras espécies que melhor atendam às necessidades dos logradouros públicos.
No que concerne às obras propriamente ditas, é um faz e desmancha sem fim. Será que está havendo fiscalização na aplicação dos recursos públicos nessas obras a fim de que sejam evitados possíveis superfaturamentos, desperdícios e desvios desses recursos para outras finalidades?
Os brasileiros estamos cansados de saber que os recursos ditos do governo uma vez desviados, desperdiçados ou superfaturados jamais retornarão aos cofres públicos. Em raríssimos casos, consegue-se reaver uma ínfima parcela desses valores.
A linha um do Metrô de Salvador é um dos inúmeros exemplos que podem ser levados em consideração, para justificar a nossa preocupação nesse sentido. É fato notório que somas incalculáveis foram absorvidas na realização de apenas seis quilômetros de linha, sem que a população pudesse usufruir do benefício que esse meio de transporte proporciona a todas as classes sociais. Não fosse a intervenção dos Governos Federal e Estadual nos últimos cinco anos, a cidade de Salvador estaria ainda desprovida desse veículo tão importante e necessário.
Fica registrado, portanto, o nosso “alerta” aos órgãos fiscalizadores das obras públicas, para que não “fechem as portas depois de roubados”, e intensifiquem a fiscalização dessas obras. Assim o fazendo, com certeza evitarão que os tributos pagos pela população sejam evadidos sem deixar vestígios, e poderão punir os responsáveis pelas ilicitudes cometidas, antes que eles se tornem menos responsáveis com o passar do tempo, e permaneçam impunes como vinha acontecendo no Brasil até o ano de 2002.
Salvador – Bahia, 18 de janeiro de 2016
Gérson de Araújo Matos
Um brasileiro insigne(ficante)